Uma resolução da Agência Nacional da Águas
(ANA) vai autorizar que agricultores usem a água da transposição do Rio São
Francisco para irrigação na Paraíba e também vai liberar que a Companhia de
Águas e Esgotos da Paraíba (Cagepa) finalize o racionamento de água em Campina
Grande e outras 18 cidades.
A nova resolução deve ser divulgada ainda
este mês de julho e entra em vigor a partir da data
de publicação.
As novas normas da resolução que vai ser
publicada foram discutidas e decididas durante uma reunião realizada na tarde
desta sexta-feira (7), na cidade de Boqueirão, no Cariri paraibano, entre a
ANA, Cagepa, Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa) e
Ministério Público da Paraíba (MPPB), além de agricultores da região.
Na reunião, a proposta apresentada foi de que
a resolução vai beneficiar mil agricultores para a prática de irrigação para
agricultura familiar, na qual cada família de agricultores vai pode plantar e
irrigar até meio hectare.
O modelo de irrigação liberado vai ser
limitado às técnicas de gotejamento e microaspersão.
Os órgãos também vão ficar responsáveis por
controlar o uso da água na irrigação e, para isso, serão instaladas bombas no
trecho do Rio Paraíba entre Monteiro e o açude Epitácio Pessoa, conhecido como
açude de Boqueirão, onde a irrigação vai ser autorizada.
Um detalhe destacado na reunião é que esta
medida vai servir no máximo até 28 de março de 2017, quando termina a fase
chamada de pré-operação do Rio São Francisco, ou seja, enquanto não é cobrada
taxa pelo uso das águas transpostas.
Depois disso, a irrigação vai depender de uma
nova resolução.
Racionamento
Ainda na reunião, foi feito um acordo para
que a ANA libere, através da resolução, que a Cagepa possa retirar uma média
mensal de até 1.300 litros de água por segundo do açude de Boqueirão.
Essa vazão é suficiente para que seja
encerrado o racionamento de água em Campina Grande e outras 18 cidades do
Agreste paraibano.
Com a resolução publicada, a Cagepa vai poder
encerrar o racionamento assim que o açude de Boqueirão sair do volume morto, ou
seja, quando ele chegar a no mínimo 8,2% da capacidade total.
A companhia estima que o açude saia do volume
morto até o dia 1º de agosto deste ano.
Com
G1 PB
Foto:
Artur Lira
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