Até sexta-feira (24), a caravana irá passar
pelos municípios de Campina Grande, Queimadas, Caturité, Pocinhos, Sumé e
Monteiro e suas experiências com a atividade
O setor da avicultura caipira é destaque na
Paraíba, como cadeia produtiva com 800 produtores associados de 37 associações
e cinco cooperativas, abatendo 200 mil cabeças de aves por ano, segundo
Associação Brasileira da Avicultura Alternativa (Aval). Para conhecer as
técnicas que são empregadas no Estado gerando excelentes resultados e levar
este conhecimento para as regiões de origem é que o Sebrae promove missões
técnicas. Como é o caso de um grupo de gestores de São Paulo, Rio de Janeiro,
Rio Grande do Sul e Bahia, que está na Paraíba até a próxima sexta-feira (24)
conhecendo o Estado e suas experiências com a atividade.
Campina Grande, Queimadas, Caturité,
Pocinhos, Sumé e Monteiro receberão secretários de Agricultura e vice-prefeitos
de municípios dos Estados visitantes. A Cooperativa de Avicultores de Galinha
Caipira e Agricultura Familiar do Estado da Paraíba LTDA (Coopeaves)
acompanhará o grupo e o levará a seus projetos. Conforme o gestor do projeto
Sertão Empreendedor do Sebrae Paraíba, João Bosco da Silva, o momento é de
reconhecimento pelo esforço empregado pela instituição no projeto da Avicultura
Caipira, que tem dois eixos no Estado e existe desde 2004.
“Esta visita técnica é uma forma de
reconhecimento de que estamos no caminho certo com este trabalho. Quando vemos
pessoas do Sul e do Sudeste vindo ao Nordeste para pegar as informações e as
técnicas que aplicamos aqui na avicultura caipira, é porque nossa forma de
atuação está coerente com os preceitos exigidos atualmente na agricultura
familiar. Nós juntamos os produtores em cooperativas e conseguimos este
destaque, os coletivos deram certo, principalmente na geração de renda dos
cooperados”, falou.
O vice-prefeito de Santo Augusto (RS),
Marcelo Both, disse que quer melhorar a avicultura caipira na cidade onde ele
mora, que ainda não funciona em cadeia produtiva. “A experiência da Paraíba vai
nos inspirar a construir nosso sistema como uma alternativa agrícola viável
diante do nosso atual problema que é a falta de espaço. Com o aumento do cultivo
da soja e da bovinocultura, a cidade, que atende a mais dez municípios a sua
volta, tem que investir numa atividade menos agressiva, mas lucrativa. A
avicultura me parece uma boa alternativa”, disse.
Já a diretora técnico-científica da Aval,
Miwa Yamamoto, disse que veio orientar os gestores públicos a seguirem os novos
caminhos legislativos da avicultura. “Vamos criar eventos, a partir de 2018,
para ampliar as capacitações para os produtores de todo o Brasil. Queremos
levar os interessados nesta área para onde as leis vão trabalhando. A Paraíba
tem um histórico de comprometimento com a atividade, principalmente dos
governos que apóiam”, ressaltou.
João Bosco lembrou que, durante esses 13 anos
de trabalho do Sebrae com a avicultura, os produtores foram bem capacitados,
para evoluir cada vez mais, tanto na produção, em criar e abater corretamente,
como na obtenção do lucro. Segundo ele, os grupos de avicultores ainda têm a
aprender, mas é só questão de tempo para serem os mais experientes com esse
tipo de criação. “Trabalhar com essas aves que tem um diferencial, na carne e
no ovo, é muito significante, porque eles estão hoje no topo dos melhores
alimentos produzidos”, disse.
Cenário – Atualmente, o Estado possui
92% dos agricultores familiares trabalhando com a avicultura alternativa ou
caipira, segundo o conselheiro fiscal da Aval na Paraíba, Vicente de Assis
Ferreira. Ele afirmou que o produtor de aves caipiras consegue viver com mais
de um salário mínimo na Paraíba. Dos 800 associados deste setor, quatro mil
famílias estão vivendo da atividade, o que dá mais de dois associados ou
cooperados por família. O associativismo é a união de vários produtores para
plantar, criar, abater e vender de maneira profissional e qualificada.
Das cinco cooperativas existentes no Estado,
três já são de avicultores caipiras. Eles criam o frango em semi-confinamentos,
onde as aves andam, ciscam, comem insetos, crescendo por mais tempo e com
melhor qualidade de carne e ovo do que o frango criado no sistema industrial. O
projeto do Sebrae Paraíba atende atualmente dez cidades do Agreste e Cariri. Já
foi implantado um abatedouro, na cidade de Monteiro, que abate cerca de três
mil aves num dia, além de associações e cooperativas de produtores, inclusive
com orientação e capacitação.
Programação
Terça-feira
(21) – 10h - recepção no Sebrae de Campina
Grande-PB, reunião com os cooperados na COPRAVIDA, em Queimadas-PB, e visita a
unidades de produção de ovos e frango caipira. Após o almoço, visita a
Associação de Produtores de Frango Caipira da Cidade de Caturité-PB e bate-papo
com pequenos produtores;
Quarta-feira
(22) – Pela manhã, visita à Associação dos
Criadores de Frango Caipira de Pocinhos-PB, reunião com os produtores e visita
às unidades de produção. Em Sumé-PB, participarão de uma palestra sobre
pesquisa de “Arraçoamento para frango caipira”, com representante da UFCG.
Deslocamento para Monteiro-PB;
Quinta-feira
(23) – Pela manhã, visita ao abatedouro
de frango caipira e a produtores de ovos e frango caipira em Monteiro;
Sexta-feira (24) – 9h - reunião no
Sebrae de Monteiro-PB, onde serão apresentadas todas as etapas necessárias para
a implantação do Programa de Avicultura Alternativa, com a participação da
Secretaria de Agricultura do Estado da Paraíba, prefeitura de Monteiro-PB, prefeitos
e vereadores da região, instituições governamentais, Sebrae, Coopeaves,
associações e cooperativas. Às 11h, visita à feira do Empreender Paraíba.
Sebrae-PB
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