sexta-feira, 13 de julho de 2018

Dia do Engenheiro Florestal


Engenheiros Florestais são profissionais ligados diretamente com a manutenção da vida no Planeta Terra. E com intuito de homenageá-los em seu dia (12 de julho), vamos dedicar um momento a compreensão da profissão.

Historicamente importa ressaltar que o Papa Pio XIII proclamou São João Gualberto como Protetor dos Engenheiros Florestais, ficando determinado o dia 12 de julho para comemoração da data. A homenagem ao italiano João Gualberto, que viveu nos bosques de Vallombrosa (Itália) e sofreu uma tragédia pessoal-familiar, deveu-se a um relato seu de ter encontrando numa Abadia onde buscou o consolo para sua dor a orientação Divina para perdoar e trabalhar em defesa da Natureza,  iniciando o cultivo racional dos bosques.

Nas terras brasileiras o primeiro defensor das florestas publicamente reconhecido foi José Bonifácio de Andrada e Silva, que, por possuir acentuado interesse por estudos da Natureza, deu início, ainda no século XIX, a campanhas contra o desmatamento indiscriminado e acentuado em função da exploração do pau-brasil. Contudo, foi Dom Pedro II, Imperador do Brasil, quem tomou a primeira atitude florestal concreta, ordenando o completo reflorestamento, com espécies nativas, das serras da Tijuca, a fim de proteger os mananciais de água.

Outros eminentes personagens tiveram expressão nas atividades de florestamento e reflorestamento, recuperação e revitalização das áreas desmatadas.

Ainda para conhecer um pouco da profissão, o CREA, estabelece como atribuições de um Engenheiro Florestal: “construções para fins florestais e suas instalações complementares; silvimetria e inventário florestal; melhoramento florestal; recursos naturais renováveis; ecologia, climatologia, botânica, engenharia rural, arborização e paisagismo, defesa sanitária florestal; produtos florestais, sua tecnologia e sua industrialização; pedologia, edafologia; recuperação de áreas degradadas e processos de utilização de solo e de floresta; ordenamento e manejo florestal; mecanização na floresta; implementos florestais; economia, administração e crédito rural para fins florestais; seus serviços afins e correlatos.”

Segundo o Ministério da Educação há no Brasil, 70 cursos de graduação em Engenharia Florestal, oferecidos por 60 instituições de ensino superior. As instituições públicas predominam na educação superior, com 87,8% do número total de Instituições de Ensino Superior - IES com cursos na área de Engenharia Florestal. O curso de Engenharia Florestal oferece a titulação de bacharel, possui duração média de cinco anos e está disponível somente na modalidade de ensino presencial. Na Paraíba, a Universidade Federal de Campina Grande, em Patos, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, forma, desde 1979 (à época UFPB) profissionais da Engenharia Florestal, habilitados a garantir o equilíbrio e a sustentabilidade na obtenção de benefícios que os recursos florestais possam proporcionar a sociedade.

Devido à ampla área florestal que o Brasil tem e mediante as necessidades e prospecções de preservação e de produção, nosso papel é extremamente importante. Relembrando ainda que as florestas da Terra ocupam 4 bilhões de hectares das terras emersas, o que representa perto de 30% da superfície do planeta é relevante pensar a missão da Engenharia Florestal como guardiã do solo, da água, da flora e da fauna e protetora da Natureza no planeta Terra.
Adriana Meira - Engenheira Florestal


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