Engenheiros
Florestais são profissionais ligados diretamente com a manutenção da vida no
Planeta Terra. E com intuito de homenageá-los em seu dia (12 de julho), vamos
dedicar um momento a compreensão da profissão.
Historicamente importa ressaltar que o Papa
Pio XIII proclamou São João Gualberto como Protetor dos Engenheiros Florestais,
ficando determinado o dia 12 de julho para comemoração da data. A homenagem ao
italiano João Gualberto, que viveu nos bosques de Vallombrosa (Itália) e sofreu
uma tragédia pessoal-familiar, deveu-se a um relato seu de ter encontrando numa
Abadia onde buscou o consolo para sua dor a orientação Divina para perdoar e
trabalhar em defesa da Natureza, iniciando o cultivo racional dos
bosques.
Nas terras brasileiras o primeiro defensor
das florestas publicamente reconhecido foi José Bonifácio de Andrada e Silva,
que, por possuir acentuado interesse por estudos da Natureza, deu início, ainda
no século XIX, a campanhas contra o desmatamento indiscriminado e acentuado em
função da exploração do pau-brasil. Contudo, foi Dom Pedro II, Imperador do
Brasil, quem tomou a primeira atitude florestal concreta, ordenando o completo
reflorestamento, com espécies nativas, das serras da Tijuca, a fim de proteger
os mananciais de água.
Outros eminentes personagens tiveram
expressão nas atividades de florestamento e reflorestamento, recuperação e
revitalização das áreas desmatadas.
Ainda para conhecer um pouco da profissão, o
CREA, estabelece como atribuições de um Engenheiro Florestal: “construções para
fins florestais e suas instalações complementares; silvimetria e inventário
florestal; melhoramento florestal; recursos naturais renováveis; ecologia,
climatologia, botânica, engenharia rural, arborização e paisagismo, defesa
sanitária florestal; produtos florestais, sua tecnologia e sua
industrialização; pedologia, edafologia; recuperação de áreas degradadas e
processos de utilização de solo e de floresta; ordenamento e manejo florestal;
mecanização na floresta; implementos florestais; economia, administração e
crédito rural para fins florestais; seus serviços afins e correlatos.”
Segundo o Ministério da Educação há no
Brasil, 70 cursos de graduação em Engenharia Florestal, oferecidos por 60
instituições de ensino superior. As instituições públicas predominam na
educação superior, com 87,8% do número total de Instituições de Ensino Superior
- IES com cursos na área de Engenharia Florestal. O curso de Engenharia
Florestal oferece a titulação de bacharel, possui duração média de cinco anos e
está disponível somente na modalidade de ensino presencial. Na Paraíba, a
Universidade Federal de Campina Grande, em Patos, Centro de Saúde e Tecnologia
Rural, forma, desde 1979 (à época UFPB) profissionais da Engenharia Florestal,
habilitados a garantir o equilíbrio e a sustentabilidade na obtenção de
benefícios que os recursos florestais possam proporcionar a sociedade.
Devido à ampla área florestal que o Brasil
tem e mediante as necessidades e prospecções de preservação e de produção,
nosso papel é extremamente importante. Relembrando ainda que as florestas da
Terra ocupam 4 bilhões de hectares das terras emersas, o que representa perto
de 30% da superfície do planeta é relevante pensar a missão da Engenharia
Florestal como guardiã do solo, da água, da flora e da fauna e protetora da
Natureza no planeta Terra.
Adriana Meira -
Engenheira Florestal
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